Audentes Fortuna Iuvat

Friday, August 31, 2007

"Ganharas o pão com o suor do seu rosto"

Dei uma checada nos meus posts antigos e notei que só tenho fotos de saídas, viagens, etc. Fica parecendo que estou levando tudo na gaita, hehehe. Então para provar que aqui também se trabalha, aqui vão as fotos de um evento que meu laboratório organizou para alunos da graduação. Eu apresentei um seminário e ajudei na organização. Além de dar suporte para os alunos que estavam montando uns circuitos (uma vez monitor de eletrônica 3, sempre monitor de eletrônica 3, eu acho.). Bem lá vão as fotos:



Obserando os alunos montando um rádio FM.


Testando um bug de telefone (como esse equipamento junto à minha mão custa uns 30 mil dólares, não queriamos os alunos mexendo com ele).


Eu, Mishiko, aluna de design fazendo summer job no meu lab, e Isabelle, a filhinha do meu orientador (a menina é uma graça, estava se achando com óculos protetores).


Trabalhar dá fome!

Saturday, August 25, 2007

Banff National Park

Eu e Fernanda passamos toda a semana passada (de sábado à sábado) em Banff, uma cidade incrustada no meio de uma reserva florestal no meio das montanhas rochosas. Não vou nem perder tempo tentando explicar o quanto o lugar é bonito, as fotos dizem tudo. Para completar a nossa alegria, ficamos lá sem pagar nada, pois fomos para lá para participar de uma conferencia que meu laboratório estava organizando e outra, organizada por um dos nossos patrocinadores.
Pouco antes de irmos para lá surgiu um imprevisto. Nanda teria uma reunião com o orientador dela acerca do summer job na terça à tarde, ou seja bem no meio da viagem. A solução foi eu ir leva-la na terça cedinho para Calgary, que fica a 140 kilometros de Banff, para de lá ela pegar um ônibus para Edmonton e repetir o esquema à noite, quando ela pegou o ônibus Edmonton-Calgary e lá estava eu de volta a Cowtown (é a cidade do Stampede, de alguns posts atrás) para leva-la para Banff. Sim, felizmente como eu sou estudante eu posso dirigir aqui, tudo o que eu precisei fazer foi traduzir minha habilitação. Infelizmente aqui praticamente só existem carros automáticos. Acho horrível ter de depender de controles para passar a marcha por mim, não saber que diabos fazer com a perna esquerda (fico querendo usa-la para o freio) e tive dificuldades em fazer ultrapassagens, já que não se pode descer para a quarta para ganhar potência. Fiz as contas e vi que dirigi algo em torno de mil e quinhentos quilômetros nesta semana, deu para matar as saudades do volante.
De volta a Edmonton estou tendo um bocado de trabalho. Meu lab está organizando uns seminários para estudantes de graduação e eu estou envolvido até o pescoço na organização. Depois coloco algumas fotos do evento, até pra variar um pouco, já que eu só posto aqui falando de festas e viagens, hehehe. A vida aqui não é mole não!

No caminho para Jasper.

Viadutos para os veados passarem de um lado para outro da floresta.


Auto-estrada que passa pelas montanhas.


Fernanda e Athabasca Falls.

Columbia Icefield, pensem num vento frio depois de passar por tanto gelo...


Nanda em Lake Louise.


Eu e Nanda em Lake Louise, ao fundo o hotel.


Moraine Lake cercado por dez picos.


Cidade de Banff.

Friday, August 17, 2007

Nesta quarta a "manager" (espécie de porteiro + síndico + administrador do condomínio) do nosso prédio bateu em nossa porta. Ela estava lá para perguntar se tinhamos notado algo de estranho em nosso banheiro, pois estava havendo um vazamento para o andar de baixo. Dissemos que não e então ela pediu que nós não usassemos o chuveiro, pois o dono do prédio iria averiguar o que estava acontecendo.
Aqui é bastante comum uma empresa ou uma pessoa construir um prédio para passar a viver dos aluguéis do mesmo. Todos os meus amigos que moram de aluguel pagam o mesmo a uma empresa que administra o prédio.
O dono do prédio chegou acompanhado pela esposa (um casal de velhinhos, na faixa dos 70, creio eu) e uma porção de ferramentas. Então ele passou um tempão mexendo com o encanamento para tentar consertar. Infelizmente ele não conseguiu e teve de voltar no outro dia (e eu tive de ir trabalhar sem tomar banho). Mas felizmente, no fim ele consertou tudo e ainda deu um jeito na pia, que estava em vias de entupir.
Fiquei bastante espantado com o fato dele mesmo ter posto a mão na massa. Nunca que no Brasil um cara com dinheiro ia se sujeitar a isso. Afinal o prédio deve ter mais de trinta apartamentos e o aluguel não é nada barato. Enfim, não acho que ele iria falir se contratasse um encanador, mesmo estes serviços aqui sendo bem caros. Mas, pelos padrões daqui ele não é a excessão e sim a regra. As pessoas aqui não gostam de pagar por serviços que podem fazer elas mesmas. Outro exemplo é que as pessoas normalmente alugam vans para fazer a mudança elas mesmas, ao invés de contratar uma empresa para fazer tudo.
Outra coisa que eu noto aqui bastante diferente é que as pessoas aqui realmente não dirigem depois de beber. Já escutei muita gente dizer que não está bebendo pois está de carro e ninguém fica tirando sarro da cara do mesmo.
Bem, vou nessa, espero da proxima vez escrever com notícias das montanhas, que é para onde eu vou para passar a próxima semana.

Sunday, August 05, 2007

Heritage Festival

A seguir um pequeno diálogo:
-Oi, estou aqui na Ucrânia, cadê tu?
- Opa, tô aqui comendo na Coréia, vêm pra cá!
- Vou nada, estás muito longe, vamos nos encontrar daqui a quinze minutos no Brasil!
- Beleza, vou só pegar uns churros no Peru e já chego lá. Abraço.

Essa conversa, aparentemente sem sentido, faz todo sentido no Heritage Festival, ou Festival Cultural de Edmonton. Durante três dias todas as comunidades estrangeiras aqui montam tendas com artesanato, comidas típicas e também fazem apresentações musicais e de dança.
O festival é enorme, o parque onde o mesmo ocorre é gigantesco, para se ter uma idéia tem um lago no meio dele, mas para se ver esse lago é preciso andar um monte. Acho que o parque deve ser do tamanho de uns quatro parques da jaqueira.
Havia uma verdadeira multidão por lá. Nunca vi tanta gente num evento aqui, acho que metade da cidade estava lá. Pela primeira vez, mesmo que timidamente, o Brasil participou com apresentações de dança e vendendo camisetas, bugingangas e Guaraná Antarctica (que é claro, eu tomei). Algumas amigas minhas participaram da dança, foi um pouco de tudo, samba, axé, forró...
Bem, apesar de ser bem cansativo foi muito bom, conheci mais brasileiros por aqui (acho que já conheci mais de cinquenta, acho que estão brotando brasileiros do chão). Abaixo seguem algumas fotos (clicando nas fotos elas aumentam).
Eu e Nanda à beira do laguinho.


Eu e a Carol (devidamente trajada para a dança).


Laís, Nanda e Carol.

Globalização. Ganenses dançando em frente a tenda de Borneo. Mais ao fundo a tenda italiana.
A meninas se apresentando. Som ao vivo com o Edmonsamba. Não, eu não estou tocando, felizmente eles arrumaram um violeiro melhorzinho!