Esta última semana foi mais parada. Foi praticamente do laboratório para casa e de casa para o laboratório. Agora que eu tenho meu violão e comprei um livro (Four Past Midnight, de Stephen King, até agora está muito bom) minha qualidade de vida melhorou um bocado. É estranho como umas besteiras dessas fazem diferença.
Descobri que o dia da promoção no supermercado é às terças, portanto deixei para fazer minhas compras amanhã. Espero que não esteja lotado, normalmente é tão tranquilo. É engraçado, enquanto no brasil tem uns 6,7 tipos de banana e 2 de maçã, aqui tem maçã de tudo o que é jeito e só tem um tipo de banana. Por sinal eu comi uma framboesa essa semana, achava que era só um sabor de gelatina (que burro eu).
O inverno está acabando! Boa parte da neve derreteu e agora a temperatura está quase sempre positiva, o que significa que meus dias de -20C acabaram. Pelo menos até meados de novembro, quando começa de novo.
Estou um danado em minhas andanças pela cidade. Aqui a regra é: as ruas vão do sul para o norte a as ruas do leste para o oeste. Logo se você chega na esquina da 37 com a 22, sabe já para onde ir se precisar se encontrar com alguém na 39 com a 24. Fica bem mais fácil de se orientar do que usando nomes de pessoas. Claro que o fato de todas as ruas serem perpendicualres ou paralelas é fundamental para este esquema funcionar. Em Olinda, por exemplo, que praticamente não tem uma única rua em liha reta isso não serviria de nada.
O sistema de transporte é simples mas eficiente. O metro faz o percurso norte-sul e vice versa. Pra andar para os lados tem que ser de ônibus. O legal é que em todo canto tem de graça os planos dos ônibus, qual o percurso deles e a que horas eles estarão passando por cada uma das paradas. É impressionante, se o horário do ônibus diz que ele vai estar na parada X, na hora Y, pode ter certeza de que é isso vai acontecer. Se por acaso ele estiver adiantado ele para até dar a hora de sair. O sistema de integração aqui funciona da seguinte forma, cada pessoa, ao pagar, pode usar qualquer ônibus ou metro durante o prazo de uma hora e meia. Se você chegar em um canto e não for mais usar o seu cartãozinho pode dar para outra pessoa, ele é transferível. De vez em quando eu vou comprar um ticket e encontro um cartão ainda válido que alguma boa alma deixou junto às maquinhinhas validadoras. Claro que isto só é possível porque a companhia de transporte daqui é um monopólio estatal. A parte ruim é que para quem mora longe às vezes é preciso pegar dois ou três ônibus, e não tem tanto ônibus assim, especialmente aos domingos.